segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Por que é importante uma arquitetura de limites?

Arquitetura e limites é uma série de três textos que discutem sobre a arquitetura escritos por Bernard Tschumi em 1980 e 1981 e publicados pela revista Artforum. Os textos fazem uma crítica à ideologia reducionista que refletem na teoria e na crítica contemporâneas. Além de criticar que são sempre as mesmas discussões de massa que acontecem, a mesma arquitetura e teoria reducionistas que presam pela coerência estilística em detrimento das obras ousadas, de limite, que visam novas possibilidades de críticas arquitetônicas. 
Para Tschumi "os limites são áreas estratégicas da arquitetura", e ultrapassar esse limite trás à tona novas discussões e críticas. Os conteúdos marginais, as obras de "limite", são indispensáveis para a arquitetura, assim como os desenhos e os textos de arquitetura. 
Projetos como  Parc la Villette (1982 - 1998) de Bernard Tschumi e Gucklhupf (1993) de Hans Wörndl, assim como Tschumi sugere em seu texto, não são obras que conceberam a arquitetura como objeto e sim como interações do espaço com os eventos. O primeiro é uma estrutura que suporta atividades culturais e de lazer e a segunda é uma casa flexível com diferentes possibilidades de configuração espacial, os dois projetos visam experiências corporais e espaciais e ultrapassam o limite da arquitetura, ou seja, trazem ao cenário arquitetônico novas discussões e sensações.

Bernard Tschumi - Parc la Villette




Hans Wörndl - Gucklhupf


Estética + Urbanismo
















Anexo:



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Experimentar o espaço de outras formas

Instalação Arbores Laetae

Diller Scofidio + Renfro é um estúdio interdisciplinar localizado em Nova York que integra arquitetura, artes visuais e performances. Este estúdio foi responsável pela instalação Arbores Laetae (Árvores Alegres), realizada durante a Bienal de Liverpool de 2008 num parque público próximo a importantes ruas da cidade. Entre as árvores do parque foram instaladas três plataformas, cada uma com uma árvore levemente inclinada, que ficam girando lentamente. As árvores giratórias reinventam o conceito do tradicional parque público, surpreendendo as pessoas que passam pelo parque.


Como as plataformas giram com velocidades diferentes, as árvores podem criar tanto um agrupamento quanto um vazio no parque, e a textura gerada pelo jogo de luz e sombra é constantemente modificada.


A experiência pode ser um pouco estranha, pois as sombras não são projetadas de acordo com a rotação da Terra, mas sim do movimento artificial das plataformas.
"É preciso garantir um certo reconhecimento: o estranho que desperte os sentidos, fazendo querer experimentar o espaço."

Apropriação. Rita de Cássia Lucena Velloso


 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A tecnologia e o homem contemporâneo


Com o avanço da tecnologia, cada vez mais não precisamos sair de casa para realizar funções que antes realizávamos na cidade, como por exemplo, fazer compras e ir ao banco, se podemos fazer isso através da internet que é um meio de comunicação mais rápido e cômodo. Isso está gerando grandes mudanças na cidade, na arquitetura e no comportamento social. Espaços públicos estão diminuindo ou desaparecendo e novos espaços estão surgindo para novos usos de acordo com a dinâmica da vida contemporânea.
Assim novos produtos de alta tecnologia são lançados constantemente pelo mercado, como o Ipad (foto) que é um aparato que você pode navegar na web, checar os seus e-mails, assistir vídeos e ler livros, além de ser compacto, leve e transmitir informações com rapidez. Isso traduz os desejos do homem contemporâneo: velocidade e facilidade para se comunicar com outras pessoas. Esses aparatos tecnológicos tornam-se extensões do corpo, como uma prótese, pela dependência de seu uso. 
Com uma xícara de café e uma revista no Ipad que você toca, desliza, percorre ou estica o texto com apenas um toque, o homem contemporâneo se fecha para o mundo exterior, estando em casa ou em um café na cidade, onde outras pessoas com ou sem um Ipad também estão imersas nos seus mundos.